quinta-feira, 8 de abril de 2010

LAST LOVE SONGS on this little planet


I DON'T WANNA CRY

Tudo aquilo que eu sou,
Não era ao te encontrar.
Meu valor
Parece que se renovou.

Tudo aquilo que eu fui,
Foi sombra imersa em dor.
Um terror
Causado pra me amedrontar.

Quase morri, embora esteja acordado.
Era tão triste, eu não podia sorrir.
Negar que tudo vai tardar
Não irá reprimir o amor.

I don't wanna cry! O chôro acabou,
Eu planejo sorrir.
Me piace tutto e più, o céu é mais azul,
Encerro meu tabu.
Vou! Eu sei que "vôo", e sei que irei
Rumo ao que me vale.
Paraíso imaculado...
Estarei contigo aqui...
_______________________

MIL BRAÇOS (dependente de você)

Te idolatrando vivo minha vida:
Tudo o que sonhar, curtir.
A cada dia uma despedida,
Toda noite querer você.

E por completo dôo meu ser
Pra quem possa encontrar
Um pouco daquele grande amor
Que você despertou.

(*)

(**)

Passo a passo, laço um traço
Do elo entre amar a ti
E do açoite na combatida
Arte de não amar querer.

E num instante finjo não saber
Que essa vida nunca me dará
Um pouco daquele grande amor:
Foi eu quem sonhou!

(*) Sempre querer sem jamais te ter
É um bem que só faz mal,
Mas não posso deter,
Nem me calar...
Passional meu sonho só vive a dor.

(**) E apesar de fugir do sorriso teu,
Sei no final, teu coração é meu!
E com mil braços te confortar
Num louco amor...

sábado, 23 de janeiro de 2010

O ENSAÍSTA


Não importa se não domino certas técnicas:
Com orelhadas vou fincando meu brasão nestas terras tão áridas,
O País das Palavras.

Sou carioca, não quis ser assim nem me orgulho de tal feito,
Mas tem sido bom passar a atual existência
Nesse bacanal público a céu aberto.

A mistureba é tão grande por aqui, e tudo é resolvido tão intuitivamente,
Que resolvi emular o exemplo e reinventar, a meu bel prazer,
Toda A Arte Literária do Homem.

Soa prepotente, eu sei, mas queria o quê de alguém que se auto-elege
“O Obscuro Observador de Tudo”?
Vou rascunhando umas linhas tortas por aí...

Mergindo idiomas e conceitos – prosa, verso e fofoca de bar –,
Enquanto agrido o burro que se acha culto,
Ainda agrado aos intelectos que aprendem as coisas burramente.

Sofismas desconexos mutilados em morfemas vis;
Quisifôda mulecada! Eu num tô nhem aê...
Meto essa letra, qualquer coisa que nada diga,

Pra tentar passar pra todos o que acho de tudo:
Que tudo nada diz, só o que vale mesmo é a satisfação.
Viva pela satisfação, assim como faço.

Me satisfaço em brincar de insigne intelectual mesmo sem “sê-lo”.
Me satisfaço em ruir o português, essa última-flor-do-lácio tão mala.
Me satisfaço em forjar expressões de desgosto nos rostos de leitores incautos.
Me satisfaço em repetir verbos e pronomes sem o menor cabimento.
Me satisfaço em escrever por escrever sem escrever.
Me satisfaço em viver satisfeito.
Me satisfaço apenas...