segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

FILOSOFIA SOBRE OS BICHINHOS


Ao longo da história, o ser humano se descobriu como um ser social. No entanto, as diferenças entre as pessoas causam em seu íntimo a sede de conflito, o desprezo e a solidão. Então o homem, razoavelmente, fecha-se em seu próprio ego para se defender dessas agressões externas. Cada vez menos encontra, em outro alguém, o reflexo de alma pura e singela dos seus tempos primeiros. É aí que surge, em sua presença, os animais.

Com os bichos de estimação, o ser humano busca emular-lhes a vida sem os vícios impostos pelo convívio em sociedade, tão fria e racional. Neles vê-se sinceridade; se eles gostam de você, derretem-se em folguedos, e caso não gostem, avançam com ferocidade. Através deles, acha-se a resposta última para a maior das perguntas: qual o justo motivo para a vida, afinal?

Vive-se tão somente para comer, dormir, foder, fazer cocô, e no final, serenamente morrer. Vive-se por viver apenas. A existência explica-se em si mesma, não há razão para as complexas ponderações reflexivas que por vezes oprime a alma humana. Os animais são o mais franco exemplo de como tudo na natureza é simples, fácil e bom. São eles que indicam o caminho nosso para a paz plena.

Faça como o seu bichinho. Siga os seus instintos. Resolva-se em si mesmo. Interaja com a natureza em harmonia, pois dela viemos e, enquanto existirmos, dela sempre faremos parte.