quarta-feira, 27 de agosto de 2008

DESVENDANDO NIETZSCHE


Refletindo um pouco mais sobre o texto abaixo, percebi que é irreal a solução final que realizei. Ao idealizar a "felicidade coletiva", no fundo prevalesceu em mim a bitolante formação católica que tive dentro de casa. Embora a retórica soe muito bonita, e por mais cintilante que surja aos olhos tal cenário, no final das contas é perda de tempo crer em altruísmo coletivo. O egoísmo é inerente à natureza humana, e o ser humano se horroriza quando percebe o seu potencial para a torpeza.

Estranho é que ultimamente, e cada vez mais, tenho sido remetido à reflexão sobre o egoísmo. Justo neste momento da minha vida pessoal, em que tenho agido de forma tão egoísta com as pessoas que me amam. Por exemplo, veja o que aconteceu hoje.

O fato é que hoje, me flagrei no "Wikipedia" pesquisando sobre a palavra hedonismo. E, de link em link, cheguei em Nietzsche. Descobri apenas hoje esse camarada: sou mau leitor, admito. Embora eu seja curioso sobre Filosofia, minha má vontade em tentar ler um livro sempre foi mais forte que a curiosidade. Preguiça é uma merda, povo!

Mas lendo um pouquinho sua resumida biografia, me identifiquei assustadoramente com o cara. Eu vou procurar saber um pouco mais, mas parece que as minhas ponderações sobre o meio externo, meio que instintivas, meio que nascidas comigo; na verdade um figura do século XIX já tinha postulado sobre. Sinistro, não?

Destaco uma frase do bôlha, e vocês se aproximarão do que eu sinto: "Quanto mais me elevo, menor eu pareço aos olhos de quem não sabe voar." Eu é quem devia ter dito isso, esse sentimento é todo meu, mas... foi o famoso Nietzsche que falou. Se eu soubesse, já tinha lido "Assim Falou Zaratustra" há mais tempo...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

FELICIDADE: INDIVIDUAL OU COLETIVA?

(Este texto foi redigido por mim em 03/08/2008, por ocasião do processo seletivo para o IESDE)

O conceito geral de felicidade indica para o estado de espírito no qual o indivíduo sinta-se realizado com suas próprias ações e com os fatos que ocorrem em sua própria vida. A felicidade se caracteriza por sensações de prazer, satisfação, humor, etc.; ou seja, é tão abstrata que o seu conceito torna-se relativo: cada indivíduo tem, em seu íntimo, sua própria visão do que é “ser feliz”. Óbvio que estas divergências de opinião geram conflitos nas relações sociais, e a luta pela felicidade a qualquer preço, entranhada na consciência coletiva, piora esse cenário. Esse é o ponto do meu argumento.

Têm pessoas que são felizes maltratando as outras. Há também aquelas que não gostam dessa atitude, no entanto usam de tal ferramenta para alcançar seus objetivos. Nem sempre a felicidade está associada à culpa e ao remorso, e como a felicidade tem esse caráter individualista, em muitos casos a busca egoísta pela felicidade é nociva à coletividade, causando sofrimento e desconfiança entre as pessoas.

Felicidade é para todos de fato? Creio que a felicidade só será para todos quando todos a buscarem juntos, com altruísmo e entrega para com os outros. Se todos evitassem causar ao próximo aquilo que não gostam que lhes causem, já seria um bom começo.

Pra você alcançar sozinho a felicidade, eu sei lá... Pega uma arma e atira no vizinho. Pratique sexo promíscuo. Assalte um banco. Eu não sei o que passa pela tua cabeça... Mas, para nós alcançarmos a felicidade, é devido respeitarmo-nos mutuamente. É devido evitarmos conflitos e ofensas morais ou físicas. É devido sermos gratos por estarmos vivos, coexistindo uns com os outros, e com a natureza. A felicidade é única, não há várias felicidades. Somente haverá felicidade para todos, se todos os seres humanos forem unidos. Todos sendo um só farão a felicidade para todos.